Resenha ” A Cidade dos Fantasmas”, Victoria Schwab

Livro: A Cidade dos Fantasmas

Autor: Victoria Schwab

Tradutor: Marcela Filizola

Editora: Galera Record

Número de Páginas: 225

Sinopse: Cassidy Blake vive uma rotina simples e tranquila com seus pais no subúrbio. Sua vida é perfeitamente normal – exceto pelo fato de ela conseguir se mover, através do Véu, entre o mundo dos vivos e o do mortos e por ter como melhor amigo Jacob, um fantasma.

Quando seus pais são convidados por uma emissora de televisão para apresentar um programa sobre os lugares mais assustadores do mundo, seu cotidiano vira de cabeça para baixo. Em pouco tempo, estão todos – Cassidy, seus pais, seu melhor amigo fantasma e Ceifador, seu gato – em direção à superassombrada Edimburgo, na Escócia, a primeira parada do roteiro do programa… e situações fora do comum começam a acontecer.

Na Escócia, Cass se vê cercada, para onde quer que olhe, por fantasmas de todos os tipos, e, é claro, nem todos são gentis e amigáveis. Em meio às incertezas sobre como deve usar seu dom, Cassidy e Jacob se deparam com a Rapina Rubra, um espírito maligno e lendário que surge a cada inverno para assombrar a população local – principalmente as crianças.

Cruzando a cidade e passando pelos pontos turísticos mais célebres da região – do cemitério Greyfriars ao bar The White Hart Inn, do Beco de Mary King ao castelo de Edimburgo -, Cassidy e Jacob conhecem a fundo as fábulas, mitos e segredos da cidade, e precisam confrontar a história sangrenta e sobrenatural da capital escocesa.

Ainda que em meio a uma empreitada de muitas reviravoltas, os poderes de Cassidy – além de sua bravura e coragem – a levarão a uma batalha épica e, para salvar a si mesma e aos que ama, ela precisará de um impulso e determinação finais, que se estendam tanto pelo enérgico mundo dos vivos quanto pelo sombrio mundo dos mortos.

Minha Resenha

Cassidy é uma adolescente de 12 anos, mas que está longe de ser comum. Seus pais são verdadeiros caça fantasmas e Cassidy não gosta nadinha do trabalho deles. Não bastasse esse trabalho maluco, Cassidy sofreu um acidente um tempo atrás e simplesmente foi salva por… um fantasma. Isso mesmo, um fantasma.

Esse fantasma se chama Jacob, e agora é o melhor amigo da nossa protagonista. Depois desse acidente, Cassidy não só passou a ver fantasmas como consegue transitar entre o mundo dos vivos e dos mortos. Cansada de ficar transitando por esses mundos, ela não vê a hora de entrar de férias e ter um pouco de sossego.

“Se estivéssemos em uma história em quadrinhos, essa seria a nossa narrativa de origem. Alguns levam uma mordida de aranha ou uma imersão em ácido. Nós levamos um rio.”

Tudo começa a sair dos planos de Cassidy quando ela descobre que na verdade se trata de uma viagem de trabalho dos pais, que irão passar por cidades fantasmas para gravar um documentário. O que tinha tudo para ser um grande descanso se transforma em uma verdadeira perturbação.

Gente, não é segredo para ninguém que eu amo a escrita da autora, mas simplesmente não tinha ideia de que fosse amar tanto um livro mais jovem da autora. A forma que ela conduz a história, faz a ambientação é sensacional, o que nos faz sentir dentro do livro. Além disso os personagens são completamente cativantes e não tem como não torcer para eles.

“A Cidade dos Fantasmas” foi uma experiência super gostosa e que li em poucas horas, foi simplesmente impossível parar de acompanhar a aventura de Cassidy com seu amigo (talvez mais de um hahaha). Se você assim como eu gosta da escrita da autora, não tenho dúvidas de que curtir esse livro também, mesmo tendo o público jovem como alvo. Agora vou correr para comprar o próximo livro pois promete ser tão incrível como esse.

Bia Sousa

Resenha “Confesse”, Colleen Hoover

livro_tQeXZn.jpg

Livro: Confesse

Autor: Colleen Hoover

Tradutor: Priscila Catão

Editora: Galera Record

Número de Páginas: 320

Sinopse: Auburn Reed perdeu tudo que era importante para ela. Na luta para reconstruir a vida destruída, ela se mantém focada em seus objetivos e não pode cometer nenhum erro. Mas ao entrar num estúdio de arte em Dallas à procura de emprego, Auburn não esperava encontrar o enigmático Owen Gentry, que lhe desperta uma intensa atração. Pela primeira vez, Auburn se vê correndo riscos e deixa o coração falar mais alto, até descobrir que Owen está encobrindo um enorme segredo. A importância do passado do artista ameaça acabar com tudo que Auburn mais ama, e a única maneira de reconstituir sua vida é mantendo Owen afastado.

Minha Resenha

Auburn Reed conheceu o amor da sua vida ainda muito jovem, porém ele partiu muito cedo também graças a uma doença que não tinha cura. O seu mundo caiu a partir dali e aos poucos ela começou a perder tudo o que ela mais amava como em um efeito dominó.

Seis anos depois, Auburn ainda tenta reconstruir sua vida , mas está passando por um péssimo momento financeiro. Desempregada, ela acaba aceitando trabalhar em uma galeria de obras de arte durante uma noite. O dono dessa galeria é nada mais, nada menos que Owen, a pessoa que mexeu com o coração de Auburn instantaneamente e que estava prestes a fazer a vida de Auburn virar de ponta cabeça novamente.

“Sei que todos nós temos uma capacidade incrível de fingir. Especialmente para aqueles que são mais próximos de nós.”

Quando comecei a leitura desse livro não esperava gostar tanto dessa leitura. Auburn e Owen são pessoas cheias de segredos que deixaram marcas profundas em suas vidas, que por sinal, são segredos que interferiram na vida de outras pessoas.

O nome do livro retrata bem o que acontece nesse livro: confissões que libertam, que curam, que dão segundas chances. Todas as pessoas são suscetíveis a erros, até aquelas que tem um coração puro.

A química dos protagonistas também foi algo que me chamou muito a atenção, não foi nada forçado ou algo do tipo. Sem dúvidas Owen é um dos meus personagens favoritos criados pela autora.

Por Owen ser pintor, o livro tem muita relação com arte, outra coisa que me encantou profundamente.

“Todos os dias da minha vida eu sinto como se estivesse tentando subir por uma escada que só anda para baixo. E não importa o quão rápido ou quanta força eu faça para correr e atingir o topo, eu continuo no mesmo lugar, correndo, sem chegar a lugar nenhum.”

“Confesse” é um livro que nos faz acreditar que há motivos para ter esperanças em um futuro melhor, mesmo quando tudo parece dar errado. Não tenho dúvidas de que é uma leitura que irá te envolver completamente.

Uma observação é que as confissões ao longo do livro são confissões verdadeiras, enviadas anonimamente para a autora. E olha, tem cada uma ali…

Por Bia Sousa

Resenha “Cidade da Lua Crescente: Casa de Terra e Sangue”, Sarah J. Maas

Livro: Cidade da Lua Crescente: Casa de Terra e Sangue

Autor: Sarah J. Maas

Tradutor: Adriana Fidalgo

Editora: Galera Record

Número de Páginas: 896

Sinopse: Bryce Quinlan tinha a vida perfeita – trabalhava duro o dia todo e festejava noite adentro -, até que um demônio assassina alguns de seus melhores amigos, deixando-a destruída e mudando sua vida para sempre. Sem entender como sobreviveu ao ataque da besta, a semifeérica tenta superar a perda, com o consolo de que o culpado por conjurar o demônio está atrás das grades. Mas quando os crimes recomeçam, dois anos depois e com as mesmas características, Bryce se vê no meio de uma investigação que pode ajudá-la a vingar a morte dos amigos.

Hunt Athalar é um notório anjo caído, agora escravizado pelos arcanjos que um dia tentou derrubar. Suas habilidades brutais e força incrível foram definidas para alcançar um único objetivo: assassinar sem perguntas os inimigos do seu chefe. Mas com um demônio causando estragos na cidade, ele ofereceu um acordo irresistível: ajudar Bryce a encontrar o assassino, e sua liberdade estará ao seu alcance.

Enquanto Bryce e Hunt se aprofundam nas entranhas da Cidade da Lua Crescente, eles descobrem um poder sombrio que ameaça tudo e todos que amam, e encontram um no outro uma paixão ardente que teria o poder de libertar os dois, se eles apenas a aceitassem.

Com personagens inesquecíveis, romance ardente e um suspense eletrizante a cada virar de página, Casa de terra e sangue é o primeiro volume de Cidade da Lua Crescente, a nova série de fantasia da autora best-seller nº 1 do New York Times, Sarah J. Maas. Com mais de 1 milhão de exemplares vendidos em todo o mundo, Sarah é um fenômeno. Vencedora de três prêmios literários em anos consecutivos, a autora possui uma legião de fãs apaixonados. Agora, estreia brilhantemente no universo da ficção new adult.

Minha Resenha

Bryce Quilan é uma semi-feérica que tem uma vida até tranquila. Com uma família que a ama, desfruta de uma vida confortável e tem a melhor amiga que alguém poderia querer ter. Porém depois de um ataque e uma grande perda, a vida de Bryce perde o rumo. O suspeito desse ataque foi preso, mas Bryce ainda tem suas dúvidas se seria ele o culpado de tais acontecimentos.

Dois anos depois novos ataques voltam a acontecer, todos muito parecidos com o que marcou terrivelmente a vida de Bryce. Como o suspeito continua preso, tudo leva a crer que o verdadeiro criminoso nunca foi pego. Logo Governo dos Austeri convoca Bryce a dar início a caçada à esse criminoso e ela contará com a ajuda de Hunt, um anjo caído nessa missão que é uma verdadeira corrida contra o tempo, já que vidas estão em jogo.

“Por amor, tudo é possível.”

Logo de cara, Bryce e Hunt não se dão muito bem mas se tratando de Sarah J. Maas já podemos imaginar o que vai sair de toda essa implicância que os dois têm um pelo outro.

Confesso que iniciei a leitura de Casa de Terra e Sangue com muitas expectativas, mas logo no início comecei a achar a leitura um tanto quanto cansativa, pois ele era recheado de termos, locais e elementos que me deixavam muito confusa, o que me fez demorar bastante para situar na história. Porém como estamos falando de Sarah J. Maas resolvi insistir mais um pouquinho e não me arrependi.

Na metade do livro, ele começa a tomar um ritmo diferente, que prende o leitor de uma forma inexplicável. Toda a conexão com os personagens, sejam os protagonistas quanto os secundários iam ficando cada vez mais forte, uma vez que o mistério ficava cada vez mais perto de ser revelado.

“Eu vejo você, Quinlan, transmitia ele, silenciosamente. E gosto de tudo o que eu vejo…” 

Não posso deixar de comentar sobre os relacionamentos presentes nesse livro, começando pelo de Hunt e Bryce, que simplesmente pega fogo. Não tenho palavras para explicar o quanto gostei da personalidade desses dois. Quanto a relação familiar de Bryce, foi algo que me chamou muito a atenção, principalmente com seus pais, que são uma graça. Já em relação a amizade, que é o forte desse livro, se prepare, pois aqui você vai entender o que uma amizade verdadeira é capaz de fazer com alguém.

Mesmo com alguns problemas no início da leitura, foi um livro que curti muito, que me fez sentir um misto de sentimentos. Além disso, o epílogo me deixou super curiosa para saber o que a autora está preparando para o próximo volume da série

“Cidade da Lua Crescente: Casa de Terra e Sangue” é um livro cheio de gatilhos para violência, drogas, e não é recomendado para leitores menores de 18 anos. O livro é cheio de cenas de muita ação, romance e não tenho dúvidas de que irá agradar a quem já conhece a escrita da autora.

Por Bia Sousa

Resenha “Os 12 Signos de Valentina”, Ray Tavares

downloadLivro: Os 12 Signos de Valentina

Autor: Ray Tavares

Editora: Galera Record

Número de Páginas: 392

Sinopse: Isadora é ariana e seu ex namorado pisciano… Inferno astral! Em busca da combinação astrológica perfeita, ela cria um blog para relatar suas experiências Isadora descobriu da pior forma possível que o namorado a traíra. E com sua melhor amiga, ainda por cima! A estudante de jornalismo entra numa fossa sem fim. Sem nenhum estágio à vista, ela se afoga em filmes feitos para chorar, pizza e em sua mais nova obsessão: stalkear o perfil do ex-namorado no Facebook. Até descobrir exatamente o que deu errado entre ela e Lucas: seus signos são incompatíveis. Basta encontrar um rapaz de libra e seu mundo entrará nos eixos novamente. Com a nova obsessão e a desculpa do trabalho final de jornalismo online, uma reportagem investigativa sob um pseudônimo, Isadora une o útil ao agradável e cria um blog para relatar a experiência: Os 12 signos de Valentina. Já que precisa encontrar o libriano perfeito, por que não aproveita e experimenta os outros signos do zodíaco para ter certeza mesmo?

 

Minha Resenha

picsart_08-13-10.04.59

Isadora não está no melhor momento da sua vida, pois além de ter terminado o seu relacionamento de 6 anos, ela não imaginava que seu namorado iria lhe trair com uma de suas melhores amigas. Vendo que Isadora estava numa fossa sem fim, sua prima e melhor amiga decide arrastá-la de casa a força e é justamente nesse dia que ela descobre que os astros tinham certeza que seu namoro não ia pra frente, até porque um pisciano com uma ariana jamais iria dar certo, não é mesmo?!

Completamente obcecada pela astrologia, Isadora passa a dedicar seu tempo livre a pesquisar tudo sobre o assunto e após um trabalho passado pelo seu professor na faculdade ela decide fazer um experimento: testar a sua compatibilidade com todos os signos do zodíaco. Isso mesmo, Isadora decidiu meter o louco e pegar geral, mas não se engane, essa não será uma tarefa fácil.

 

“Porque esse é o grande problema das decepções amorosas e finais de relacionamento: tudo que é maravilhoso um dia acaba.”

 

Devo confessar que me vi presa à história logo nas primeiras páginas e ficava doida para saber como seria o próximo encontro de Isadora e como seria a ficha que ela iria criar dos signos lá no blog  que ela assina como Valentina.

Isadora é a típica ariana, e eu sinto que passaria um pouco de raiva com a impulsividade dela, mas no fundo a gente sabe que ela é um amor de pessoa. Adorei todo o amadurecimento que a personagem teve ao longo do livro e também a forma em que a história se encaminhou.

 

“Uma  pessoa carente anula a felicidade do outro, mas uma pessoa completa e autossuficiente apenas a multiplica.”

 

Sim, “Os 12 Signos de Valentina” é uma leitura bem gostosinho de se ler, é engraçado, mas não fica só nisso. O livro trás à tona assuntos como privilégios, relacionamentos familiares e amorosos, vida acadêmica e muito mais, tenho certeza que você irá se identificar em algo com ela hahaha.

Recomendo muito a leitura para quem, assim como eu, curte um bom romance, e que ama astrologia, pois não tenho dúvidas de que você vai amar demais cada página e além disso vai querer ser amiga da Isadora.

 

“A graça da vida é que nem sempre recebemos aquilo que pedimos, mas, muitas vezes, ganhamos o que precisamos.”

 

Ray sem dúvidas tem um cantinho especial no meu coração e agora estou na expectativa para ler outros trabalhos dela, pois sinto que vou amar demais.

Por Bia Sousa

 

Resenha “O Amor Não É Óbvio”, Elayne Baeta

1009550552Livro: O Amor Não É Óbvio

Autor: Elayne Baeta

Editora: Galera Record

Número de Páginas: 392

Sinopse: Amores platônicos, segredos inconfessáveis, perseguições pela cidade, traição… poderia ser um roteiro de novela, mas é só a vida real de uma adolescente comum. Íris tem 17 anos e está viciada na novela Amor em atos. Ela assiste a todos os episódios ao lado de sua vizinha de 68, Dona Símia, que se tornou sua segunda melhor amiga. É claro que Poliana, que ocupa o primeiro lugar, não pode nem sonhar com isso! Além de ser extremamente ciumenta, Polly anda muito preocupada com a completa falta de interesse de Íris por tudo o que julga prioritário: a festa de formatura e perder a virgindade. Mas isso está prestes a mudar: Cadu Sena, o menino mais gato do colégio São Patrique e sua paixão platônica, finalmente está solteiro. Essa é a chance de Íris. Mas antes ela precisa entender o que levou a namorada de Cadu a deixá-lo por uma garota, Édra Norr. Seria o corte de cabelo moderno? Os olhos castanho-escuros? A postura levemente torta? Os pelinhos na nuca? O talento musical? Montada em sua biclicleta Íris vai cruzar São Patrique na missão científica de descobrir tudo sobre Édra, e não vai demorar para se enredar também nos encantos… da garota! Realmente, o amor não é nada óbvio.

 

Minha Resenha

 

picsart_06-10-07.55.10

 

Em “O Amor Não É Óbvio”, conheceremos Íris, uma adolescente de 17 anos e que está no último ano do Ensino Médio. Ela divide seu tempo entre escola, ajudas no supermercado do pai e visitas à sua vizinha já idosa para assistir novela. Uma vida bem tranquila, né?!

Tudo muda quando Íris descobre que Cadu Sena, o seu crush da escola está solteiro. Mas porque alguém iria querer terminar um namoro com o incrível Cadu Sena? Pensando nisso, antes de investir em Cadu, Íris decide seguir os passos de Édra Norr (atual namorada de Camila, ex de Cadu) e investigar os motivos desse término. É graças à essa investigação que Íris vê sua vida mudar de forma que ela jamais imaginou.

 

“Às vezes, é mais fácil alguém ao seu redor perceber algo sobre você do que você mesmo. Algumas coisas estão tão embaixo do nosso nariz que a gente não vê direito. E elas, eu quero dizer, essas coisas, estão ali o tempo todo, esperando para que a gente as enxergue. Quase gritando, torcendo pra que tropecemos nelas. O amor é assim, Íris. Devastador, enlouquecedor, arrebatador, ardente, intrigante, divertido, compreensivo, imprevisível e, ás vezes, quem sabe, até mágico e surreal como cenas de novela… O amor pode ser traduzido em várias palavras que a gente pula no dicionário, mas que têm significados intensos e incríveis. A gente é nada e o amor é tudo. Tudo. Menos óbvio. Por isso a gente leva um tempo até enxergá-lo, mesmo que ele esteja assim, dançando bem na nossa frente.”

 

Édra Norr é um mistério. De poucas palavras e um tanto quanto discreta é necessário conhecê-la melhor para entender o quão maravilhosa ela é. Segura de si e de sua sexualidade ela não liga para o que as pessoas dizem ou pensam sobre ela.

Ao perceber toda essa descrição de Édra, Íris acaba se encantando cada vez mais por ela, e chega até encontrar motivos para Cadu ter sido trocado. E sim, é isso que você está pensando, Íris acaba ficando caidinha pela misteriosa Édra Norr.

Confesso que esse livro tem tudo para me agradar; personagens adolescentes, cidade pequena, escola, descobertas e um romance super fofo, mas infelizmente esses elementos não foram suficientes para me agradar graças a um elemento: Íris Pêssego.

 

“Uma coisa eu posso dizer; poucas sensações são tão boas quanto estar apaixonada por alguém que te faz pensar ‘meu Deus, é essa pessoa’. Porque, bom, nem sempre você se apaixona e pensa isso.”

 

Ao longo da leitura de “O Amor Não É Óbvio” comecei a me irritar profundamente com as mentiras de Íris, que de início achei fofo, mas com o passar das páginas acabei achando que ela passava de todos os limites (ela mente para a melhor amiga, para os pais, para Dona Símia. Édra e pra quem ela achasse que fosse necessário). Ela mentia sem dó para que as coisas acontecessem da forma que ela queria, além de ficar completamente obcecada por Édra ao ponto de persegui-la. Minha irritação foi tão grande que eu não tinha vontade de continuar, só continuei na esperança de que em algum momento fosse melhorar.

A escrita da autora é muito boa, porém, um tanto quanto enrolada, esse livro poderia ter umas 100 páginas a menos, e por isso acabei achando a história bem cansativa.

Mas vamos falar do que gostei nesse livro? Dona Símia é um espetáculo de personagem, queria muito ser amiga de uma senhorinha como ela. Toda a representatividade da história também me agradou (apesar de ter encontrado no livro alguns trechos transfóbicos). Toda a ambientação da cidade e da escola também me ganharam muito, deu vontade até de morar na fictícia São Patrique.

 

“Você pode decidir pelo amor. Escolher o amor. Mas não dá pra fazer isso por duas pessoas. É pesado demais. O único amor que a gente pode carregar sozinha por pura responsabilidade nossa é o amor-próprio. E esse precisa ficar quando todo mundo se for.”

 

O livro conta com uma edição linda demais, recheada de várias referências da história além de conter ilustrações belíssimas ao longo de todo o livro.

A história não funcionou muito bem para mim, mas se você curte romances LGBTQIA+ você tem grandes chances de gostar bastante da leitura.

Por Bia Sousa

Resenha “O Ódio Que Você Semeia”, Angie Thomas

O_DIO_QUE_VOCE_SEMEIA_1492633015673148SK1492633015BLivro: O Ódio Que Você Semeia

Autor: Angie Thomas

Tradutor: Regiane Winarski

Editora: Galera Record

Número de Páginas: 378

Sinopse: Starr aprendeu com os pais, ainda muito nova, como uma pessoa negra deve se comportar na frente de um policial.
Não faça movimentos bruscos.
Deixe sempre as mãos à mostra.
Só fale quando te perguntarem algo.
Seja obediente.
Quando ela e seu amigo, Khalil, são parados por uma viatura, tudo o que Starr espera é que Khalil também conheça essas regras. Um movimento errado, uma suposição e os tiros disparam. De repente o amigo de infância da garota está no chão, coberto de sangue. Morto.
Em luto, indignada com a injustiça tão explícita que presenciou e vivendo em duas realidades tão distintas (durante o dia, estuda numa escola cara, com colegas brancos e muito ricos – no fim da aula, volta para seu bairro, periférico e negro, um gueto dominado pelas gangues e oprimido pela polícia), Starr precisa descobrir a sua voz. Precisa decidir o que fazer com o triste poder que recebeu ao ser a única testemunha de um crime que pode ter um desfecho tão injusto como seu início.
Acima de tudo Starr precisa fazer a coisa certa.
Angie Thomas, numa narrativa muito dinâmica, divertida, mas ainda assim, direta e firme, fala de racismo de uma forma nova para jovens leitores. Este é um livro que não se pode ignorar.

Minha Resenha

 

picsart_06-05-08.03.38

 

A justiça é cega ou existe apenas para brancos?

Starr como outros inúmeros jovens negros no mundo já são criados sabendo como se comportar na frente de policiais e também de algumas pessoas. Todo o cuidado é pouco, pois um movimento em falso pode fazer com que coisas ruins aconteça.

Nossa protagonista já sabe todas as regras, e em uma abordagem policial, ela esperava que seu melhor amigo Khalil também soubesse, mas não… Um movimento. Tiros. Sangue. Khalil morto. Khalil é inocente, mas como provar, quando a única testemunha é Starr, uma adolescente negra, que o acompanhava?!

 

“Já vi acontecer um monte de vezes: uma pessoa negra é morta só por ser negra e o mundo vira um inferno. Já usei hastags de luto no Twitter, repostei foto no Tumblr e assinei os abaixo-assinados que vi por aí. Eu sempre disse que, se visse acontecer com alguém, minha voz seria a mais alta e garantiria que o mundo soubesse o que aconteceu.

Agora, sou essa pessoa, e estou morrendo de medo de falar.”

 

Confesso que eu já imaginava o que esperar dessa leitura, afinal, sou negra e sempre me alertaram sobre todos os cuidados que deveria ter ao andar nas ruas, principalmente a noite, mas “O Ódio Que Você Semeia” foi um pouquinho além,

Ao longo da leitura acompanharemos Starr vivendo um dos piores momentos de sua vida. Seu amigo sendo chamado de bandido, traficante, membro de gangues, mas ela sabe que Khalil não era essa pessoa, o Khalil que ela sempre conheceu era um rapaz bom, e sua morte merece justiça.

 

“A verdade gera uma sombra na cozinha; pessoas como nós em situações assim viram hastags, mas raramente conseguem ter justiça. Mas acho que todos esperamos que essa vez chegue, a vez em que tudo vai acabar da forma certa.”

 

Me doeu muito ver Starr sendo julgada pelos colegas de escola, e em outros momentos sendo julgada pelos vizinhos simplesmente pelo fato dela estudar em uma escola de brancos ricos. Do outro lado vemos também pais extremamente preocupados com o bem estar da família e ao mesmo tempo não negando suas origens.

Starr precisava falar a verdade, mas e o medo?! O que seria dela e de seus amigos quando ela acusasse policiais?! Qual o valor da palavra de um negro? Qual o peso que negros carregam graças ao racismo?

“O Ódio Que Você Semeia” é um livro de ficção, mas poderia ser simplesmente a história de um João e da Maria que moram na periferia, poderia ser com um amigo, poderia ser na minha família.

 

“Papai me disse uma vez que tem uma fúria que é passada para todos os negros pelos ancestrais, geradas no momento em que eles não conseguiram impedir que os donos de escravos machucassem suas famílias. Papai também disse que não tem nada mais perigoso do que a hora em que essa fúria é ativada.”

 

Esse livro vem para mostrar o quanto vivemos em uma sociedade racista, violenta, intolerante e preconceituosa. É uma leitura que é um verdadeiro tapa na cara, é um grito de desespero diante de tanta impunidade. Estamos cansados de sermos julgados, apontados, estamos cansados de sermos assassinados graças a cor de nossa pele e também de nossas origens.

Sem dúvidas é uma leitura que recomendo muito. Se você que é branco quiser ter um pouquinho de noção do que muitos negros passam diariamente, dê uma chance a essa leitura, não tenho dúvidas de que ela te fará refletir muito, principalmente a entender que na nossa sociedade não basta não ser racista, precisamos todos sermos antirracistas.

O livro conta com uma adaptação que é bastante elogiada, porém até o momento não tive a oportunidade de assistir, mas mudarei isso nos próximos dias.

Por Bia Sousa

Resenha “Verity”, Colleen Hoover

9788501117847_48-600x890Livro: Verity

Autor: Colleen Hoover

Tradutor: Thaís Brito

Editora: Galera Record

Número de Páginas: 320

Sinopse: O amor é capaz de superar a pior das verdades?

Verity Crawford é a autora best-seller por trás de uma série de sucesso. Ela está no auge de sua carreira, aclamada pela crítica e pelo público, no entanto, um súbito e terrível acidente acaba interrompendo suas atividades, deixando-a sem condições de concluir a história… E é nessa complexa circunstância que surge Lowen Ashleigh, uma escritora à beira da falência convidada a escrever, sob um pseudônimo, os três livros restantes da já consolidada série.
Para que consiga entender melhor o processo criativo de Verity com relação aos livros publicados e, ainda, tentar descobrir seus possíveis planos para os próximos, Lowen decide passar alguns dias na casa dos Crawford, imersa no caótico escritório de Verity – e, lá, encontra uma espécie de autobiografia onde a escritora narra os fatos acontecidos desde o dia em que conhece Jeremy, seu marido, até os instantes imediatamente anteriores a seu acidente – incluindo sua perspectiva sobre as tragédias ocorridas às filhas do casal.
Quanto mais o tempo passa, mais Lowen se percebe envolvida em uma confusa rede de mentiras e segredos, e, lentamente, adquire sua própria posição no jogo psicológico que rodeia aquela casa. Emocional e fisicamente atraída por Jeremy, ela precisa decidir: expor uma versão que nem ele conhece sobre a própria esposa ou manter o sigilo dos escritos de Verity?

 

Minha Resenha

picsart_05-13-08.25.38

 

Verity Crawford é uma autora de suspenses muito famosa, está no auge da sua carreira e todo mundo ama todos os seus livros, porém um terrível acidente faz com que Verity fique impossibilitada de dar continuidade nas publicações. A editora que Verity trabalha decide que no momento seria importante contratar algum autor para dar continuidade à série e cumprir todos os prazos previstos em contrato.

É aí que entra Lowen Ashleigh, uma autora praticamente falida e que precisa muito de dinheiro para pagar o seu aluguel e mais ainda, poder sobreviver após a morte da mãe. Lowen estranha muito o convite, mas o valor a ser pago é bem tentador, então ela decide entrar nesse desafio.

Após acertar todos os detalhes do contrato, Lowen vai até a casa de Verity fazer algumas pesquisas sobre os métodos de criativos e de escrita. A partir dessas pesquisas feitas no escritório Verity, Lowen descobre que ela não é bem a pessoa que muita gente conhece.

Quanto mais  tempo Lowen pesquisa sobre Verity, mais detalhes macabros da vida da famosa autora vem a tona. As tragédias que assolam a família Crawford acabam ganhando uma nova versão, mas até onde Lowen poderia fazer algo? Em quem confiar em uma casa tão sombria? Há algo de verdadeiro nisso tudo? Até onde a escrita de Verity é capaz de abalar o psicológico de Lowen? Quem é Verity? Vale a pena mostrar ao mundo quem é essa mulher?

 

“Minha mãe dizia que as casas têm alma. Se isso for verdade, a alma da casa de Verity Crawford é a mais sombria que eu já vi.”

 

Não é segredo para ninguém que vivo um caso de amor e ódio com a Colleen Hoover, ver vários comentários negativos me fizeram querer conhecer essa história e simplesmente não consegui entender qual foi a surpresa no conteúdo sendo que se trata de um thriller psicológico.

Verity é uma leitura cheia de gatilhos e por mais que a faixa etária seja +16, acredito que menores de 18 anos não deveriam fazer a leitura, uma vez que o conteúdo de todo o livro é bem pesado chegando a ser até perturbador.

Por se tratar de um thriller, vocês já sabem que fica difícil falar mais sobre a história sem ter spoilers, então vamos direto a minha opinião.

Como sempre, os livros da Colleen são completamente envolventes e fica difícil querer largar a leitura. Todos os acontecimentos nos fazem suspeitar, em outros momentos nos sentimos em pânico por tantas coisas estranhas acontecerem do nada. Confesso que em alguns momentos fiquei bem assutada e com medo do que estava por vir. Por ser o primeiro livro do gênero que a autora escreve, considerei um ótimo livro e não, Verity não foi um livro que me agradou 100%.

Mas Bia, o que não te agradou nesse livro? O final! Por mais que tenha uma sacada bem interessante no fim, o comportamento da Lowen não me agradou de forma alguma, mas não posso reclamar, uma vez que não dá para confiar em nenhum personagem desse livro.

Se você tem o interesse de conhecer o trabalho da autora nos thrillers, dê uma chance. Mas não se esqueça, Verity é um thiller e não um romance como nas outras publicações da autora. Ah, e não se esqueçam, a opinião do blogueiro que escreve resenha aqui para vocês pode ser bem diferente da sua, e se você tem vontade de ler algo não se prenda a opinião de outras pessoas, leia e vá ser feliz.

Ah, e se você que já leu Verity e quiser conversar sobre o final, vem correndo. Vou adorar trocar uma ideia com você sobre esse ele.

Por Bia Sousa

Resenha “É Assim Que Acaba”, Colleen Hoover

livro_nqv4KFLivro: É Assim Que Acaba

Autor: Colleen Hoover

Tradutor: Priscila Catão

Editora: Galera Record

Número de Páginas: 368

Sinopse: Lily nem sempre teve uma vida fácil, mas isso nunca a impediu de trabalhar arduamente para conquistar a vida tão sonhada. Ela percorreu um longo caminho desde a infância, em uma cidadezinha no Maine: se formou em marketing, mudou para Boston e abriu a própria loja. Então, quando se sente atraída por um lindo neurocirurgião chamado Ryle Kincaid, tudo parece perfeito demais para ser verdade.

Ryle é confiante, teimoso, talvez até um pouco arrogante. Ele também é sensível, brilhante e se sente atraído por Lily. Porém, sua grande aversão a relacionamentos é perturbadora. Além de estar sobrecarregada com as questões sobre seu novo relacionamento, Lily não consegue tirar Atlas Corrigan da cabeça — seu primeiro amor e a ligação com o passado que ela deixou para trás. Ele era seu protetor, alguém com quem tinha grande afinidade. Quando Atlas reaparece de repente, tudo que Lily construiu com Ryle fica em risco.

Com um livro ousado e extremamente pessoal, Colleen Hoover conta uma história arrasadora, mas também inovadora, que não tem medo de discutir temas como abuso e violência doméstica. Uma narrativa inesquecível sobre um amor que custa caro demais.

 

Minha Resenha

 

picsart_04-05-08.18.46

 

Em “É Assim Que Acaba”, conheceremos Lily que acabou de perder o pai. Diferentemente do que as pessoas que conhecia sua família achava, seu pai era um homem horrível para a família. Além de ser completamente intolerante, agredia a esposa seja de forma física ou psicológica.

Desde então Lily passou a ter muita raiva do pai e ao mesmo tempo se perguntava quais os motivos fazia a mãe se sujeitar a um relacionamento como esse.

 

“Acho que esse é um dos maiores sinais de que a pessoa está amadurecendo: saber admirar coisas que importam para os outros, mesmo que elas não signifiquem muito para você.”

 

Do outro lado conheceremos Ryle, um neurocirurgião que nunca teve relacionamentos como preferência em sua vida, principalmente se eles fossem daqueles mais duradores. No mesmo dia que Lily enterrou o pai, Ryle passou por um momento muito difícil no trabalho e é em um momento onde ambos buscam refletir sobre o que aconteceu nesse dia que acabam se conhecendo.

É claro que os dois acabam se encantando um pelo outro. Ryle se mostrava ser uma pessoa como Lily sempre sonhou: atencioso, amoroso, o verdadeiro homem dos sonhos de qualquer mulher. Porém tudo muda quando Lily reencontra Atlas, que foi o primeiro amor de sua vida. A partir desse reencontro a vida de Lily se transforma no verdadeiro inferno.

 

“Imagine todas as pessoas que você conhece ao longo da vida. São muitas. Elas surgem como ondas, entrando e saindo aos poucos, dependendo da maré. Algumas ondas são muito maiores e causam mais impacto que outras. Às vezes, as ondas trazem coisas lá do fundo do mar e as largam no litoral. Marcas nos grãos de areia que provam que as ondas estiveram lá, muito depois de a maré recuar”.

 

Não é segredo para ninguém que tenho um caso de amor e ódio com a Colleen, mas nesse livro foi um caso de amor, mesmo se tratando de um livro com cenas um tanto quanto pesada.

“É Assim Que Acaba” tem como tema principal a violência doméstica, além disso o livro nos mostra o quão difícil pode ser a vida de quem vive em um relacionamento abusivo. Por muitas vezes nos perguntamos porque a vítima persiste em estar ali se está sofrendo tanto.

Por mais que esse livro seja uma ficção, Colleen teve como experiência a própria mãe, que sofreu por alguns anos com a violência doméstica, o que na minha opinião fez com que ela pudesse escrever com mais propriedade sobre o assunto.

 

“Às vezes, as coisas mais importantes na vida de uma pessoa são as que mais a magoam. E, para superar essa mágoa, precisa cortar todas as extensões que a prendem a essa dor.”

 

O livro tem uma leitura muito rápida, mas ao mesmo tempo pesada. Em diversas vezes sentia que era eu que estava vivendo toda a situação, e mesmo não tendo gatilhos para esse assunto foi completamente doloroso e até assustador em alguns trechos.

Li “É Assim Que Acaba” no ano passado e só agora consegui falar um pouco desse livro que me marcou tanto. Mas além desse assunto o livro fala de amor, mas do amor próprio. Sim, é possível dar um basta, é possível recomeçar e encontrar a sua felicidade que simplesmente tem que vir de você e não de outra pessoa.

 

“Sinto que todo mundo finge ser quem é, que no fundo somos todos igualmente ferrados. Alguns apenas escondem isso melhor que os outros”.

 

O livro é narrado em dois tempos. No presente conheceremos Lily em seu relacionamento com Ryle e no passado conheceremos como foi a infância/ adolescência dela e como ela convivia em um ambiente familiar tão difícil para ela quanto para a mãe.

Sem dúvidas esse livro foi uma das minhas melhores experiências com a autora, e sim, é um livro que recomendo muito, porém já adianto que não é uma leitura fácil, ainda mais para quem já viveu um relacionamento assim ou em ambientes com violência doméstica.

 

“Ninguém é exclusivamente ruim ou exclusivamente bom. Algumas pessoas só precisam se esforçar mais para suprimir o lado ruim”.

 

O final do livro me encheu de orgulho! Sim, é um livro com final feliz, até porque Lily merece muito estar bem consigo mesma. Terminei a leitura completamente orgulhosa de todas as atitudes da protagonista. “É Assim Que Acaba” é um livro que precisa ser lido, não tenho dúvidas de que ele pode influenciar a mulheres que passam pela mesma situação a ter coragem de buscar a sua felicidade e dar um basta nessa vida que ninguém merece ter.

Por Bia Sousa

 

Resenha “À Beira da Eternidade”, Melissa E. Hurst

1007675543Livro: À Beira da Eternidade

Autor: Melissa E. Hurst

Tradutor: Glenda Brandão de Andrade Castaing D’Oliveira

Editora: Galera Record

Número de Páginas: 322

Sinopse: 2146. Bridger é uma das poucas pessoas com a habilidade de viajar de volta ao passado. Uma habilidade que lhe foi passada pelo pai, cuja morte – envolta em mistério – o garoto tenta superar. Aos poucos, sua vida parece voltar ao normal… Até que o garoto encontra o pai em uma de suas viagens no tempo com a turma. Ele só tem tempo de lhe passar uma mensagem: Salve Alora. Bridger não tem ideia de quem seja a garota, nem de onde ela está ou em que tempo vive, mas está determinado a realizar o último pedido do pai.

2013. Alora Walker tem apagões inexplicáveis. Ela acorda toda vez em um lugar diferente, e não tem ideia de como chegou lá. A única coisa de que tem certeza é que está sendo seguida. Mas por quem?

Minha Resenha

 

picsart_02-10-03.08.59

 

Iniciei a leitura de “À Beira da Eternidade” sem muitas expectativas, pois não sabia ao certo o que esperar. Sabia que se tratava de livro com viagem no tempo além de ter um mistério em volta de todo o livro.

Alora Walker vive com sua tia no ano de 2013. Ela foi deixada na casa de sua ainda pequena e desde então sua tia não toca no assunto, além disso Alora se culpa por não ter nenhuma lembrança de seus pais. Além disso nossa protagonista vive um momento bem conturbado, ela está sofrendo alguns apagões e não entende o que está acontecendo com ela.

Do outro lado temos Bridger que vive no ano de 2146. Bridger acabou de perder o pai e está passando por uma situação um tanto quanto conturbada. No ano de 2146 viagens no tempo são super comuns, por sinal a tecnologia está muito desenvolvida. Bridger participa de uma academia que fazem viagens no tempo, mas os alunos jamais podem intervir no passado. Em uma de suas viagens com espectador, Bridger acaba vendo seu pai que faleceu recentemente e ao ver o filho faz um pedido: salve Alora, mas ele não tem noção de quem seja Alora e nem a motivação do pedido do pai.

 

“Ele tem razão. É a primeira regra da viagem no tempo. A linha do tempo é sagrada. Nada pode ser alterado, jamais.”

 

“À Beira da Eternidade” parecia mais um livro adolescente comum, mostrando problemas desse período, rotina escolar, amizades, relacionamentos amorosos, mas ao longo da história o suspense de todo o livro toma grandes proporções.

Depois de mais uma perda na Bridger ele decide que vai atender o pedido do pai e vai atrás de Alora Walker, e é aí que o livro ganha um excelente ritmo.

Não posso dar muitos detalhes, mas o suspense fica ao redor dos segredos que a família de Alora guarda, e mesmo não sendo algo tão extraordinário é uma trama muito interessante, e eu não conseguia largar a leitura. Por sinal não vejo de ler a continuação, espero que seja lançado aqui no Brasil em breve.

Gostei bastante do livro, é uma leitura bem envolvente e gostosa de se fazer, a autora consegue prender o leitor com muita facilidade. Não tenho dúvidas de que é uma excelente leitura para adolescentes e para quem curte livros nessa pegada, mas já adianto que é uma história bem simples, porém um tanto quanto interessante.

Por Bia Sousa

Resenha “Todas As Suas (Im)Perfeições”, Colleen Hoover

TODAS_AS_SUAS_IMPERFEICOES_1563829634916209SK1563829634BLivro: Todas As Suas (Im)Perfeições

Autor: Colleen Hoover

Tradutor: Adriana Fidalgo

Editora: Galera Record

Número de Páginas: 302

Sinopse: Quando a dança começa, a sincronia é perfeita, os passos seguem o ritmo, as mãos não se soltam, os olhos jamais se deixam. Mas a música pode acabar a qualquer momento… É possível valsar no silêncio? Quinn e Graham se conhecem no pior dia de suas vidas; ela chega mais cedo de uma viagem para surpreender o noivo, ele testemunha a traição da namorada. E é assim que ambos acabam no corredor de um prédio, trocando confidências, biscoitos da sorte e palavras de conforto. Fim da dança… se o destino não tivesse outros planos para os dois.

Meses mais tarde, os acordes tocam para o casal mais uma vez e eles se reencontram. Graham está convencido de que são almas gêmeas. Quinn jamais se sentiu dessa forma antes. A intensidade do sentimento os assusta, mas, ainda assim, eles mergulham de cabeça.

O casamento é tudo o que sonhavam, a parceria perfeita. Mesmo nos momentos difíceis, sabem que podem contar com o outro. Nenhum deles desiste do amor que sentem. Até que a primeira nota dissonante abala a sinfonia do casal. Quinn parece estar disposta a trocar tudo o que é pela única coisa que não consegue ser: mãe.

A luta do casal por um filho arrisca os alicerces da relação. Quinn não pode engravidar. Graham não é um candidato para adoção por conta de um erro do passado. O impasse os deixa parados no salão, no silêncio. A orquestra está em suspenso. Os dois parecem surdos para a música do amor de ambos.

Será que é possível voltar a ouvir? A dançar? Ou será que vão descobrir a mais triste verdade de todas… que, às vezes, apenas amar não é o bastante?

 

Minha Resenha

 

picsart_10-21-09.21.18

 

Em “Todas As Suas (Im)Perfeições” conheceremos Quinn e Graham e com eles saberemos o que é uma verdadeira história de amor. Quinn estava com o seu casamento marcado, apenas esperando o grande dia, Graham estava ensaiando um pedido de casamento, mas ambos foram surpreendidos pelo pior dia de suas vidas.

 

“Somos cheios de defeitos. Centenas deles. São como pequenos furos em nossa pele. E, como sua sorte disse, às vezes prestamos muita atenção em nossas imperfeições. Mas algumas pessoas tentam ignorar as próprias falhas ao destacar as dos outros, a ponto de torná-las seu único foco. Elas as cutucam, pouco a pouco, até que se rasgam, e é só o que nos tornamos para essas pessoas. Uma gigantesca imperfeição.”

 

Quinn e Graham descobriram que ambos estavam sendo traídos, mas o que foi o pior dia de suas vidas tomaria um rumo que nenhum dos dois esperavam. Anos depois os dois estavam casados, isso mesmo, Quinn e Graham se apaixonaram e se casaram. Ambos se amam demais, porém após sete de casamento, um grande sonho não realizado está destruindo o casamento dos dois.

O grande sonho de Quinn é ser mãe, porém ela não consegue engravidar, tanto por métodos tradicionais quanto por fertilização e devido a um problema com a justiça a adoção não é uma possibilidade.

 

“Se você iluminar apenas suas imperfeições, todas as suas qualidades ficarão na sombra.”

 

“Todas As Suas (Im)Perfeições” tem uma narrativa não linear, onde conheceremos como a relação dos protagonistas foi surgindo há sete anos atrás e no presente, quando o relacionamento deles está por um fio. Ambos erram ao longo do relacionamento e só o amor será capaz de permitir que se perdoem e que reacenda a chama do amor que está chegando ao fim.

Que história mais linda, sem dúvidas “Todas As Suas (Im)Perfeições” é o livro mais bonito da Colleen que tive o prazer de ler, uma verdadeira história de amor com personagens cheios de imperfeições.

 

“Não importa o quanto você ame alguém… a força desse amor nada significa se supera a sua capacidade de perdoar”

 

Quinn e Graham me ganharam de uma forma fora do comum, uma relação que tocou meu coração. Colleen escreveu uma história que é muito próximo de nossa realidade e é fácil muitos casais se identificarem.

Graham é um personagem que sofreu  calado, vendo a esposa se afastar e o relacionamento deles irem pelo ralo. Ele sempre teve o sonho de ser pai, mas o amor que ele sente por Quinn é maior do que qualquer outro sonho, ao mesmo tempo Quinn sofre calada por não conseguir realizar o sonho dos dois.

 

“Acho que essa é a diferença entre casamentos que sobrevivem e os que não sobrevivem. Algumas pessoas acreditam que o foco de um  casamento deve ser voltado para os dias perfeitos Amam tanto e tão intensamente como podem quando as coisas correm bem. Mas, se a pessoa dá tudo de si nos momentos bons, acreditando que os tempos difíceis nunca vão tocá-la, talvez não haja bastante reservas ou energia de sobra para resistir àqueles momentos de categoria 5.”

 

“Todas As Suas (Im)Perfeições” é uma história tocante, linda e que descreve o que é o verdadeiro amor. O amor cura, o amor liberta, o amor permite, o amor te ergue e mesmo não sendo um relacionamento perfeito, ele sempre foi cheio de muito amor.

Após concluir essa leitura, passei a ter um novo livro favorito da autora e não tenho dúvidas de que se você ama romances recheados de drama será impossível não se apaixonar por essa história.

Por Bia Sousa