Livro: Mundos Paralelos – A Ponte
Autor: Rosana Ouriques
Editora: Insular
Número de Páginas: 226
Sinopse: Desde que o deus Uno se dividiu e se despedaçou, os mundos superior e inferior e seus respectivos seres lutavam para sobressaírem-se, obtendo o domínio dos mundos paralelos. Os que eram essencialmente bons queriam que o bem dominasse; os que eram essencialmente maus queriam que o mal reinasse, mas não era assim que deveria acontecer. Para que o equilíbrio fosse restaurado, tanto o bem quanto o mal eram necessários. A dualidade existia para que a harmonia fosse alcançada. O deus Uno havia se fragmentado para que cada partícula de sua essência pudesse alcançar o conhecimento e assim, evoluir. Na verdade não existiam opostos, apenas intensidades diferentes. O bem é tão somente o mal em sua menor intensidade; e o mal é igualmente o bem um seu menor grau, mas um não pode existir sem o outro. Ambos nasceram de uma mesma fonte. Ambos possuem a essência um do outro. Ambos são um.” A ponte era o único caminho que conduzia aos mundos paralelos, somente os filhos do ar é que podiam ir a estes mundos sem ter, necessariamente, que cruzar a ponte. Todos os outros filhos dos deuses e os demais seres precisavam atravessá-la.
Minha Resenha
Em Mundos Paralelos: A Ponte, uma fantasia nacional que me encheu os olhos logo de cara, e olha que eu nem sou fã do gênero.
“Você deve ser quem é e não quem os outros esperam que você seja. Precisa aceitar o seu eu nesta fase de sua vida, mesmo que para isto seja necessário opor-se a certos conceitos e valores.”
No livro conheceremos Angak, uma jovem sedenta pelo conhecimento e que busca respostas sobre mundos paralelos, deuses e princialmente sobre si e sobre o que lhe cerca. Angak tem o dom da visão e consegue enxergar o mundo paralelo, coisa que as pessoas ao seu redor não conseguia, mas ela não sabia porque tinha esse dom, e nem o que significava, o que fazia com que ela sempre andasse confusa. Nossa protagonista queria respostas, e não mediria esforços para isso.
O livro tem um traço de empoderamento feminino bem grande, Angak acha errado não concordar com o que foi ensinado desde pequena, mas ao mesmo tempo não concorda com muita coisa que foi imposto às pessoas.
“O inverno da vida. É no inverno, quando se perde toda beleza, toda cor, quando todos são despojados de toda certeza e verdade; é aí que todos se tornam mais fortes.”
Nessa jornada, Angak contará com a ajuda de sua irma Anahita, sua amiga Maya e sua vizinha Nandecy que por sinal é uma senhora bem misteriosa, para desvendar esse mistério que cerca a sua vida.
Esse livro foi uma leitura que me surpreendeu muito, principalmente por ser perceptível o quanto a autora pesquisou para escrevê-lo, mas engana-se quem acha que a leitura é difícil, pelo contrário, é rápida, instigante e só nos faz querer ler mais e mais (por sinal, já quero ler o segundo volume).
“Penso que somos livres para sentirmos tudo a que um ser humano está sujeito, que somos livres para refletir, analisar, pensar e acreditar naquilo que nosso coração se inclinar. Penso que liberdade é ser eu mesma, de maneira integral e viver tudo o que a vida tem para ser vivida em cada fase, sem vergonha ou arrependimentos.”
Mas quero fazer uma ressalva nessa resenha, pois me incomodou muito. O livro tem vários erros de digitação e em certos pontos de gramática, e fiz questão de olhar se o livro havia passado por uma revisão. Sim, ele passou, passou por uma revisão muito mal feita, já que eu em uma rápida leitura encontrei vários. Em minha opinião é uma falta de respeito com a autora, que escreveu um livro com uma trama muito boa.
Querida Editora Insular, por favor, tenha mais atenção com seus revisores, mais carinho com o trabalho dos autores da casa e principalmente com os leitores que são seus clientes. Precisamos de publicações que faça com que a literatura nacional tenha um maior destaque positivo, e não negativo.
Mas de qualquer forma amei a leitura e parabenizo a autora pelo trabalho e pelo carinho!
Por Bia Sousa